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terça-feira, 14 de maio de 2013

Operação Carro-Pipa tem veículos equipados com GPS

A partir de hoje, os carros-pipa do Sertão Central, caminhões com tanques para transporte de água, passarão a abastecer as comunidades rurais da região rastreados por Controle de Posicionamento Global (GPS). Conforme o assessor da coordenação da operação emergencial em Quixadá, Nilson dos Santos, o equipamento começou a ser instalado nos veículos cadastrados nas frotas especiais de Quixadá, Choró e Ibaretama, no dia de ontem. Cada pipeiro recebe um cartão magnético para acionar o rastreador e confirmar a rota percorrida.

Segundo o coordenador da TBK, empresa de Recife encarregada de instalar os equipamentos, Luiz Medeiros, o monitoramento será efetuado por meio de tecnologia GPS, formada pela rede de telefonia celular. Os sinais serão captados através das torres das operadoras.

Mesmo não havendo cobertura celular na comunidade atendida as coordenadas geográficas serão transferidas onde houver o sinal mais próximo. A TBK integra um consórcio, o qual criou o software de rastreamento. O Ceará foi o Estado escolhido para implantação do modelo de rastreamento. Icó, Jaguaribe e Morada Nova foram os primeiros municípios atendidos, na semana passada. A meta é atender todo o Nordeste e mais Minas Gerais, conforme acrescentou.

 No Ceará, os trabalhos são de responsabilidade da 10ª Região Militar, realizados por uma equipe do 23º Batalhão de Caça (23º BC), com sede em Fortaleza, onde será feito o monitoramento, através de um software especial, o "G Pipa Brasil", explicou.

Há expectativa do Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec) poder acompanhar o rastreamento através da internet, como ocorre com os radares da Funceme, mas a equipe local do 23º BC não soube informar se o monitoramento será liberado para os Comdecs. A solicitação será feita ao Ministério da Integração Nacional pelo comando da Operação, acrescentou o assessor do Comdec de Quixadá.

Nesta manhã está prevista a instalação do aparelho de monitoramento nos veículos de Choró e também de Ibaretama. "O serviço está sendo realizado no Parque de Exposições Valdir Couto Dinely, na estrada de acesso ao Açude Cedro, em Quixadá", acrescentou Santos.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Plano Nacional de Recursos Hídricos


O Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), estabelecido pela Lei nº 9.433/97, é um dos instrumentos que orienta a gestão das águas no Brasil. O conjunto de diretrizes, metas e programas que constituem o PNRH foi construído pelo processo de mobilização e participação social. O documento final foi aprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) em 30 de janeiro de 2006.


O objetivo geral do Plano é "estabelecer um pacto nacional para a definição de diretrizes e políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta de água, em quantidade e qualidade, gerenciando as demandas e considerando ser a água um elemento estruturante para a implementação das políticas setoriais, sob a ótica do desenvolvimento sustentável e da inclusão social". 

Os objetivos específicos são assegurar: “1) a melhoria das disponibilidades hídricas, superficiais e subterrâneas, em qualidade e quantidade; 2) a redução dos conflitos reais e potenciais de uso da água, bem como dos eventos hidrológicos críticos e 3) a percepção da conservação da água como valor socioambiental relevante”.

O Ministério do Meio Ambiente é responsável pela coordenação do PNRH, sob acompanhamento da Câmara Técnica do Plano Nacional de Recursos Hídricos (CTPNRH/CNRH). 




quinta-feira, 2 de maio de 2013

Apesar das Críticas, governo do Ceará inicia distribuição de Cisternas de Polietileno


O governador do Ceará, Cid Gomes entregou na manhã da última terça-feira (30), na localidade de Saco dos Passarinhos, distrito de Palestina, município de Meruoca, a primeira cisterna de polietileno do Ceará, construída com recursos do Programa Água Para Todos, parceria entre o Estado e o Ministério da Integração Nacional. Apesar das criticas em torno da eficácia da nova cisterna, o governo resolveu manter a estrutura de polietileno no lugar da tradicional alvenaria.

No total serão instaladas 14.228 cisternas de polietileno para os municípios de Acopiara, Quixelô, Araripe, Porteiras, Potengi, Tarrafas, Redenção, Pacoti, Horizonte, Capistrano, Itapiúna, Alcântaras, Graça e Meruoca. 

O investimento será de R$ 17,5 milhões. Na imagem, as principais diferenças entre a tradicional cisterna de placa e a nova cisterna de polietileno. 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sedimentos revelam a história climática e evolutiva de ambientes desaparecidos há milhares de anos

Por CARLOS FIORAVANTI | Edição 206 - Abril de 2013 - Revista Pesquisa FAPESP

Do Alpha-Crucis – O mar está agitado e o navio balança muito nesta manhã de segunda-feira, 25 de fevereiro. As ondas entram no convés. Quatro homens de capacete branco e cobertos de água salgada puxam o cabo de aço com uma estrutura piramidal que oscila antes de assentar na superfície vermelha do convés. A pirâmide metálica finalmente traz 12 cilindros transparentes com uma amostra generosa da lama a 121 metros de profundidade, ao largo da ilha de São Sebastião, litoral norte paulista. Na tentativa anterior, a 47 metros, os cilindros trouxeram apenas água e areia, sem a desejada lama que 19 pesquisadores do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo buscaram durante nove dias em um cruzeiro no navio de pesquisa oceanográfica Alpha-Crucis.

Cada um por vez, Edilson de Oliveira Faria, Marcelo Rodrigues, Rodolfo Jasão Dias e Gilberto Dias carregam os cilindros e os depositam em uma caixa plástica. A lama que trazem é fina, grudenta, verde-escura, de cheiro desagradável. “É perfeita!”, comemora Till Hanebuth, professor da Universidade de Bremen, Alemanha, sentindo-a entre os dedos. “O que é apenas lama para a maioria das pessoas tem muito significado para nós”, diz Michel Mahiques, diretor do instituto e coordenador científico da primeira parte da expedição, de 20 a 24 de fevereiro, centrada na identificação de lugares para a coleta de sedimentos em diferentes profundidades, realizada nos quatro dias seguintes. “É o sedimento lamoso, como chamamos, que vai fornecer os melhores registros da história climática, ambiental e evolutiva de uma região.” Em estudos anteriores, as análises de sedimentos ajudaram a definir a variação do clima dos últimos 10 mil anos no litoral paulista e dos níveis de poluentes em Santos e em Iguape nos últimos 100 anos.

Por definição, essa massa de modelar que vem do fundo do mar é uma mistura de grãos com diâmetro inferior a 62 micrômetros, menor que o da areia. “Partículas de rochas ou de sal, restos de esqueletos, qualquer material pode formar a lama”, diz Samara Goya, técnica do IO e professora universitária em Santos. “A lama funciona como uma esponja, atraindo elementos químicos ou organismos dispersos na água. A areia tem uma estrutura fixa e não atrai outros materiais.”

O objetivo da viagem é identificar depósitos ou fluxos de lama, cujos elementos devem ajudar a reconstituir o ambiente e o clima regional, as correntes marinhas e a evolução do oceano Atlântico Sudoeste nos últimos 7 mil anos. O cruzeiro faz parte de um dos projetos apoiados pela Pró-Reitoria de Pesquisa por meio do programa Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAPs) e reúne pesquisadores do IO, do Instituto de Geociências e do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Leia mais...